Não temos como objetivo mudar seus pensamentos e princípios.Passamos nossos conhecimentos com o objetivo de fazê-los pensar melhor sobre o desconhecido.Não queremos também, passar nenhuma informação falsa e nenhuma informação provocativa.Nossos conhecimentos e informações são para todas as pessoas,de todas as religiões,pois não pregamos que "somos" ou "quem somos".Ressalto que nós não lemos nenhum comentário em nosso site.Para qualquer duvida,basta nos adicionar em nosso perfil no Facebook.
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
Diferenças entre Umbanda, Candomblé e Quimbanda
Diferenças entre Umbanda, Candomblé e Quimbanda
Candomblé, Quimbanda [ou Kimbanda], Umbanda: estas são as principais denominações entre as religiões afro-brasileiras. Alguns, negam a estas crenças o status de "religião": 1. porque não se enquadram na idéia de "religião oficial"; 2. porque são praticadas por minorias sociais. No Brasil, embora muito se fale do Candomblé e da Umbanda, os números oficiais, do IBGE, não deixam qualquer dúvida quanto a essa condição de minoria que é uma realidade das religiões afro-brasileiras.
No censo de 2000, em uma população que ultrapassa 160 milhões de habitantes, pouco mais de 525 mil pessoas se declararam adeptas do Candomblé e da Umbanda, embora outros tantos milhares de não-adeptos freqüentem terreiros e tendas como "clientes". Os dados também revelaram que existem mais Umbandistas que "candomblezistas"... [Umbanda: 397.431 ─ Candomblé: 127.582, em universo onde mulheres são a maioria... meditemos...]. Sobre os clientes, escreve Reginaldo Prandi:
"[O candomblé] ...como agência de serviços mágicos... oferece ao não-devoto a possibilidade de encontrar solução para problema não resolvido por outros meios, sem maiores envolvimentos com a religião. [O cliente é] ...consumidor de serviços mágicos que a religião oferece também aos não-devotos, sob pagamento... - [PRANDI, p 12]...
E sobre as religiões afro-brasileiras como minorias, comenta Prandi:
"Em 2001, Ricardo Mariano, analisando o crescimento evangélico, em sua tese de doutorado, fez uma descoberta sensacional. Descobriu que as religiões afro-brasileiras estavam perdendo fiéis... E apontou como razão o enfrentamento com as igrejas pentecostais [[os evangélicos, até porque os pastores se apropriaram de rituais do candomblé ou adaptaram esses rituais como o descarrego, o banho com a rosa branca, os passes e juntaram tudo isso com o apelo à figura de Jesus Cristo!]. ...Pode-se ver que a perda de fiéis do conjunto afro-brasileiro se deve ao encolhimento da Umbanda. Como o pequeno crescimento do Candomblé não é suficiente para compensar as perdas umbandistas, o conjunto todo se mostra, agora, debilitado e declinante diante do avanço pentecostal." [PRANDI, p 17/18]
No imaginário popular, especialmente daqueles pouco informados sobre estas religiões, Candomblé, Kimbanda, Umbanda não "tudo a mesma coisa", "tudo macumba!", não reconhecendo cada uma como credo distinto, como se não houvesse diferença entre suas teologias, liturgias e origens históricas. Porém, o estudo, ainda que superficial revela que as três não se confundem; ao contrário, diferem significativamente em suas características essenciais e o único fato que têm em comum é a adoção de elementos da cultura religiosa afro-brasileira e, por brasileira, entenda-se catolicismo no molde português colonial.
Diferenças em Linha Gerais
Candomblé, Quimbanda e Umbanda distinguem-se:
1. pelas natureza das entidades cultuadas e/ou invocadas/evocadas;
2. pelos procedimentos do culto;
3. pelos elementos culturais componentes do sincretismo;
4. e, finalmente, pelo uso que se faz das forças metafísicas acionadas.
Considerando estes aspectos, notar-se-á, imediatamente, que o Candomblé difere da Quimbanda e da Umbanda de forma mais enfática enquanto Quimbanda e Umbanda são muito mais próximas.
No Candomblé, os cultuados, os Orixás [ou Orijás] são considerados deuses; na Quimbanda e na Umbanda, ainda que o culto também invoque e evoque Orixás, estes são considerados meros espíritos ancestrais mais antigos ao lado de numerosas outras entidades representativas de ancestrais mais modernos e/ou contemporâneos.
No Candomblé, os deuses, desde de sua origem em terras africanas, também são ancestrais porém sua antiguidade remonta a tempos imemoriais. São como os heróis e deuses gregos, grandes reis, guerreiros e personagens que viraram mitos, foram mitificados e, assim, alcançaram a condição de divindades. O mesmo processo que originou o panteão greco-romano. Muito além da fantasia popular, os deuses gregos também foram personagens fundadores de Civilizações, de um tempo antediluviano, como Poseidon [ou Netuno] que, segundo a tradição relatada por Platão, em Crítias, foi o último rei Atlante da última grande ilha remanescente da lendária Atlântida.
Na Quimbanda e na Umbanda, os ancestrais são vistos como antepassados mesmo, pessoas mortas, homens e mulheres proeminentes e/ou sábios ou, ainda, perversos. São Espíritos que baixam no culto [evocação, sem incorporação] ou incorporam nas pessoas [invocação] a fim de atuar no mundo dos vivos.
A Umbanda reivindica propósitos sempre voltados para o bem, com um discurso claramente cristão. A Quimbanda, embora seus teóricos neguem, é fortemente associada à magia negra, aos trabalhos para o mal e, além de para espíritos humanos desencarnados, como na Umbanda, também se utiliza de seres não-humanos: larvas [criações da mente dos sacerdotes-magistas], demônios [Espíritos obcessores] e elementais.
Nas palavras do místico e escritor José Romero Romeiro Abrahão: "A Quimbanda é um culto mágico às Entidades malévolas, denominadas Exus, Quimbandeiros... Em geral, na Quimbanda só se trabalha para o mal de alguém ou então para submeter uma pessoa à vontade da outra". Morte Subita coloca a sua disposição uma série de artigos onde são descritas as particularidades de cada uma das três religiões afro-brasileiras.
Fonte: Morte Súbita Inc.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário